quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sylvia Plath


   Hey pessoas de Deus!!! Agora voltei ao normal, percebi que acordei meio transtornado. Há muitos anos atrás eu assisti um filme chamado Sylvia, que contava a vida de uma poetisa chamada Sylvia. No filme  ela era interpretada por Gwyneth Paltrow. Foi nesse filme que percebi que Gwyneth Paltrow era realmente talentosa. No filme mostra mais o drama de sua vida do que a poesia dela. Mas de fato as obras eram todas baseadas no estilo de vida dramatico, já que ela era uma mulher muito apaixonada e sem muita opinião na questão de seu relacionamento com o também poeta Ted Hughes que foi interpretado pelo Daniel Craig no longa. Não vou me prolongar muito na vida dela e sim apresentar uma obra dela. Todas eu admiro. O mais interessante é que ela cometeu suicidio assim como a maioria dos poetas e derivados. Só que anos mais tarde seu filho fez o mesmo.


Eis o trailer do filme:


A CHEGADA DA CAIXA DE ABELHAS

Encomendei esta caixa de madeira
Clara, exata, quase um fardo para carregar.
Eu diria que é um ataúde de um anão ou
De um bebê quadrado
Não fosse o barulho ensurdecedor que dela escapa.


Está trancada, é perigosa.
Tenho de passar a noite com ela e
Não consigo me afastar.
Não tem janelas, não posso ver o que há dentro.
Apenas uma pequena grade e nenhuma saída.


Espio pela grade.
Está escuro, escuro.
Enxame de mãos africanas
Mínimas, encolhidas para exportação,
Negro em negro, escalando com fúria.


Como deixá-las sair?
É o barulho que mais me apavora,
As sílabas ininteligíveis.
São como uma turba romana,
Pequenas, insignificantes como indivíduos, mas meu deus, juntas!


Escuto esse latim furioso.
Não sou um César.
Simplesmente encomendei uma caixa de maníacos.
Podem ser devolvidos.
Podem morrer, não preciso alimentá-los, sou a dona.


Me pergunto se têm fome.
Me pergunto se me esqueceriam
Se eu abrisse as trancas e me afastasse e virasse árvore.
Há laburnos, colunatas louras,
Anáguas de cerejas.


Poderiam imediatamente ignorar-me.
No meu vestido lunar e véu funerário
Não sou uma fonte de mel.
Por que então recorrer a mim?
Amanhã serei Deus, o generoso – vou libertá-los.


A caixa é apenas temporária